Estudos mostram que pessoas que são mais religiosas tendem a ter mais filhos. Os chamados "Genes dos crentes" podem ajudar a propagar a religião, de acordo com uma recente especulação de professor de Cambridge, dizem dois pastores.
O professor de Economia Robert Rowthorn na Universidade de Cambridge escreveu no jornal acadêmico Proceedings of The Royal Society B que os estudos mostram que pessoas que são mais religiosas tendem a ter mais filhos.
Há ainda em algumas pessoas uma predisposição genética para a crença, observou ele. O que levou Rowthorn a sugerir que "o gene dos crentes" e a tendência das pessoas religiosas a ter mais filhos poderia ajudar a espalhar a religião, noticiou o Telegraph UK.
"Nunca me surpreende quando a ciência alcança a Bíblia," mencionou Adam Stadtmiller, pastor-associado da North Cost Calvary Chapel, em Carlsbad, Califórnia, ao The Christian Post, em resposta às especulações de Rowthorn.
Stadtmiller, que é o autor do novo livro "Give Your Kids the Keys: Navigating Your Child to a Personal and Sustainable Faith" (Dê aos seus filhos as chaves: Mergulhando seu filho em uma fé Pessoal e Sustentável), ressaltou que o Apóstolo Paulo fala sobre o "gene dos crentes" no livro de Romanos, quando ele fala sobre a lei e a natureza de Deus que está escrita no coração das pessoas.
Mas o pastor Joel Hunter C. da Igreja Northland Church, em Longwood, na Flórida, advertiu que, enquanto ele acredita que há uma predisposição genética para a fé nas pessoas, isso não elimina a necessidade das pessoas escolherem acreditar em Deus.
"A Bíblia diz que somos criados de modo terrível e maravilhoso," disse Hunter para Fox News Orlando, "mas há uma diferença entre uma predisposição genética e a predeterminação. Acho que você realmente tem que decidir acreditar para acreditar."
Ele também explicou que os Cristãos acreditam que os filhos são um presente de Deus ao mundo, porque a Bíblia diz para ser frutífero e multiplicar-se.
"Elas (as crianças) não são simplesmente para a nossa satisfação particular por isso estamos mais propensos a ter mais filhos," observou.
Rowthorn citou o World Values Survey, que abrange 82 nações de 1981 a 2004, que descobriu que as pessoas que frequentavam os cultos religiosos mais de uma vez por semana tinham uma média de 2,5 filhos. Os adultos que frequentaram o culto uma vez por mês tinham dois, e aqueles que nunca frequentavam tinha 1,67 filhos em média.
"Quanto mais devotas as pessoas são, mais filhos elas são susceptíveis a ser," escreveu Rowthorn no artigo.
O professor observou também que, se alguns grupos religiosos com altas taxas de fertilidade casam somente entre si, então eles "superam rapidamente o resto da população e em breve se tornam a maioria."
Para apoiar esta idéia, ele apontou para a população amish nos Estados Unidos, que cresceu de 123 mil em 1991 para 249 mil em 2010. O grupo altamente religioso está previsto expandir para 44 milhões até 2150 se continuar a tendência de crescimento.
Mas é altamente improvável que aconteça que os membros de grupos religiosos saiam ou casem fora do grupo e, portanto, são susceptíveis a terem menos filhos do que o previsto. "Deserções" de grupos religiosos poderiam "abrandar a propagação do gene da religiosidade," mas não impedi-lo, escreveu o professor de Cambridge.
Aqueles que deixam a sua comunidade religiosa vão propagar o "gene dos crentes" para o resto da sociedade, argumentou ele.
Fonte: Christian Post
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