segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Virgindade de adultos é discutida na TV e na internet

Postado por: Unknown às 21:43 Comente

“The Virgin Diaries” e movimento pró-virgindade provocam o debate sobre a importância dessa decisão

Virgindade de adultos é discutida na TV e na internet
O canal de TV a cabo norte-americano TLC produziu um novo reality show que está  gerando um acirrado debate por lá. Como o nome sugere, “The Virgin Diaries” [Diário dos Virgens] mostra como é a rotina de adultos que estão casando virgens.  A maioria dos entrevistados tem cerca de 30 anos.
Timothy Kuryak, vice-presidente do TLC e criador do programa explica: “Perder a virgindade é uma decisão importante… Achei que algumas pessoas gostariam de compartilhar essas decisões com o mundo” Alguns críticos dizem que  seus participantes são “vítimas de exploração ”. Kuryak rebate: “Não estamos tentando fazer expor ninguém ou tratar do assunto de maneira banal. Queremos documentar as histórias dessas pessoas e mostrar por que tomaram essa decisão”.
O primeiro episódio foi ao ar no primeiro domingo de dezembro  e rapidamente teve repercussão  na mídia. Mesmo parecendo estranho para os padrões da sociedade atual, virgindade até o casamento não é algo que existe apenas em um programa de televisão.
A decisão de somente ter a primeira relação sexual após trocarem alianças geralmente é uma questão religiosa. No primeiro programa, Ryan, 31, e Shanna, 27, deram seu primeiro beijo no altar, logo depois do “sim”. A maneira desajeitada como isso ocorreu provocou gargalhadas nos convidados e nos familiares presentes. Também virou a piada da semana nos Estados Unidos, com vários comediantes fazendo comentários sobre as imagens inusitadas do beijo.
O beijo de Ryan em sua noiva foi o primeiro em toda a sua vida. Shanna disse que já tinha beijado outro rapaz.  Mas para eles a opinião mais importante é a de Deus. Os dois nasceram em famílias evangélicas e relatam em sua página na internet ryanandshanna.com a maneira como se conheceram e a importância da fé no seu relacionamento.
A edição da rede de TV acabou ressaltando aspectos cômicos da vida de várias pessoas que apareceram no programa, o que diminuiu a força de suas convicções. Mesmo assim, o assunto ganhou espaço também nas igrejas americanas, que usaram o episódio para tentar estimular os jovens para que saibam aguardar.
Francisco Carlos Anello, ginecologista especialista em sexualidade, entende  a valorização da virgindade com um movimento natural na sociedade. “Depois de um período de muita liberdade sexual, como vimos recentemente, é comum surgir uma onda mais conservadora. É cíclico”, explica.
No Brasil não há um reality show sobre esse tema, mas existem movimentos pró-virgindade como “Eu escolhi esperar”. Ele surgiu nas igrejas evangélicas, mas atrai pessoas de outras religiões, como os católicos.
A ideia do projeto foi do pastor Nelson Júnior, 35, e ganhou força nas redes sociais. São mais de 72 mil seguidores no Twitter (@EscolhiEsperar) e  135 mil fãs no Facebook. “O objetivo é dar apoio às pessoas que decidem se guardar para o casamento. Muitas vezes os jovens que fazem essa escolha são motivo de deboche dos amigos. É uma maneira de conhecer e conversar com pessoas que compartilham o mesmo pensamento”, esclarece o pastor.
“Eu tomei essa decisão quando era menina, nem tinha namorado ainda. Eu fui orientada pelos meus pais para entender o sexo como algo bonito, divino, mas que precisa ser feito no tempo certo, que é depois do casamento”, conta a evangélica Amanda Neuman, 21, que mora em Aracajú (SE).
Ela diz que se apoia na fé para lidar com a sexualidade. “O desejo sempre existe, não nego, mas você precisa alimentar o espírito para poder vencer a carne. Como se faz isso? Orando, lendo a bíblia e se evolvendo com as atividades da igreja”, explica.
Amanda está de casamento marcado para 2012 com o agente fiscal Danilo Silva, 25, que também é virgem. “É muito mais difícil para o homem. Porque para a mulher ainda é bonitinho ela ser virgem, muitos pais gostam e apoiam. Já o homem tem que perder a virgindade cedo, nem que seja num prostíbulo. Ele é muito mais cobrado. Nós tentamos lutar o máximo contra o desejo. Ele existe, mas não pode nos dominar. A gente evita conversas, ambientes e pessoas que possam representar tentações”, completa Danilo.
Com informações IG, Christian Post e ABC News

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