Teólogos podem ser “maldição e aflição para a igreja. Se o seu trabalho não se basear na doutrina da Igreja e em uma vida de fé ativa, acabará promovendo o “erro doutrinário e moral”, escreveu Thomas Weinandy, diretor-executivo da Secretaria de Doutrina da Conferência dos Bispos dos EUA.
O padre capuchinho alertou ainda para uma “crise” na teologia, causada por teólogos que “muitas vezes parecem ter pouca reverência pelos mistérios da fé, como são tradicionalmente entendidos e professados dentro da igreja”.
Essas declarações foram feitas em um discurso para a Academia de Teologia em Washington, DC, e publicadas em Origins, a revista oficial dos bispos dos EUA.
Weinandy é o chefe de gabinete do comitê dos bispos que recentemente emitiu um forte crítica de um livro sobre a Trindade escrito pela professora de teologia Elizabeth Johnson que, segundo eles, “destrói completamente o Evangelho e a fé de quem crê no Evangelho”. Recentemente, muitos teólogos norte-americanos reuniram-se para defender Johnson, incluindo o Conselho de Administração da Sociedade Teológica Católica da América.
O chamado para fazer teologia, segundo Weinandy, é “uma das maiores honras que Deus pode conceder a um ser humano”, mas essa honra implica uma responsabilidade de “promover e defender” a verdade filosófica e teológica, conforme é ensinado pela igreja. Para ele, muitas vezes, a teologia degrada-se em um “jogo intelectual”, baseado na “diversão de parecer inteligente e sofisticado, ou na emoção e no entusiasmo que podem advir de uma discussão acadêmica.”
O padre capuchinho salientou que a teologia também deve se basear em uma vida espiritual ativa: “A teologia pode ser a única atividade acadêmica onde alguém pode aparentemente ser considerado um especialista sem realmente conhecer o assunto. Parece, às vezes, que um teólogo nem precisa realmente conhecer a Deus.”
Em sua declaração diante dos bispos, Weinandy disse que a teologia católica tornou-se muito mais “uma tentativa da razão para julgar o conteúdo da fé como se fosse algo de origem humana”, onde os teólogos servem como “juízes que estão acima da fé e arbitram o que as pessoas devem acreditar ou não. ”
Essa abordagem, segundo ele, “às vezes, mina a fé genuína dentro do corpo de Cristo” e acaba levando pessoas “àss trevas do erro. Inevitavelmente produzem fragmentação dentro da igreja.”
Weinandy reconheceu que ao longo dos séculos, a Igreja criou diferentes “escolas” de teologia. Ainda hoje, “a igreja não está experimentando um debate entre as escolas legítima do pensamento teológico, mas uma divisão radical entre os dogmas centrais da fé católica e a tradição moral fundamental da igreja.”
“Isto não é simplesmente a expressão de uma pluralidade de teologias”, Weinandy disse, “mas a própria desintegração da fé em si.” Para o padre, deve haver uma distinção entre a doutrina da Igreja e as opiniões dos teólogos, mas “muitos deles negligenciam a academia teológica ou simplesmente a desconhecem”.
Fonte: Pavablog
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