Ilustração de como um semeador pode nos ensinar algumas lições!
Você sabia que um dia eu já fui agricultor? Pois é! Talvez o primeiro agricultor da família Rocha. Quando eu era menino (por volta dos meus 8 ou 10 anos) lembro-me que era muito curioso.
Certo dia descobri no quarto de papai um baú de madeira onde ele guardava um monte de ferramentas úteis para seu trabalho; chave de fenda, alicate de corte, alicate de bico-fino, serra serrote, lixa, parafusos, pregos, etc. Algo que me chamou a atenção foi um saquitel contendo vários pacotes de todos os tipos de sementes como: coentro, couve-flor, cenoura, milho, entre outros. Papai não era agricultor, portanto resolvi ser o primeiro. Uma pá e um regador era tudo que eu precisava para me apossar das sementes, com a autorização de papai, é claro! (ele era bem rígido) e dou graças à Deus por isso. Pois bem, naquele meu ‘mundinho’ de criança, levava muito a sério o que fazia, entrava de cabeça em tudo, concentrava-me o máximo em cada novo projeto, era um tanto perfeccionista.
Achei no quintal de casa um terreno propício para iniciar, mas o terreno era duro, era necessário arar o solo, deixando-o ideal para receber a semente em seu interior. Papai até que incentivou-me, dando-me algumas dicas e comprando algumas sementes a mais que eu estava precisando. Mas naquela brincadeira de menino, descobri grandes verdades. Gostaria de compartilhar com você, caro leitor, algo que aprendi. Algo que talvez você já saiba melhor do que eu:
Primeiro – Aprendi que não se pode colocar uma semente dentro do solo sem antes rasgar o solo – É necessário prepará-lo primeiro e isso não é uma tarefa fácil.
Segundo – Aprendi que não se pode colocar muitas sementes em um mesmo buraco, apenas a quantidade necessária para o crescimento saudável.
Terceiro – Aprendi que era necessário lançar água sobre o terreno mesmo antes que a planta cresça. Quando ia para a escola, pedia à minha irmã para que regasse, mas tinha que ser feito de manhã e a tarde.
Quarto – Aprendi que era necessário proteger dos predadores. Meu irmão André, muitas vezes passava entre a minha horta pisando justamente no local onde as sementes estavam enterradas. Isso socava o solo deixando-o duro de novo. Então eu tinha que amolecer o solo novamente. Esses predadores me deixavam irritado. [rsrsrsrs]
Quinto – Aprendi que o acompanhamento e a vigilância tinham que ser redobrada no crescimento e tinha que ser constante até a colheita, caso contrário eu correria o risco de não comer do fruto que eu mesmo plantara – alguém poderia comê-lo antes de mim.
Sexto – Aprendi que o processo de crescimento é lento e gradativo, não tem como pular etapas, não tem como acelerar o crescimento. Tudo tem que fluir naturalmente.
Sétimo – Aprendi que eu não tenho o controle do crescimento. Isso é um processo natural que só Deus sabe fazer. Minha função era apenas de plantar ou regar, mas o crescimento vem de Deus.
É possível tirar algumas lições para a vida espiritual…
Autor: Reginaldo Roch
Fonte: Evangelho Hoje
Fonte: Evangelho Hoje
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